- RAYMOND, Marcel. De Baudelaire ao Surrealismo. São Paulo: Edusp, 1997
- REBOUÇAS, Marilda de Vasconcelos. Surrealismo. São Paulo: Editora Ática, 1986
- MICHELI, Mario de. As Vanguardas Artísticas. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2004
- TUR, JuanRamón Triadó; RODRIGUEZ, Margarita Perera. Dalí. São Paulo: Girassol Brasil Edições, 2007
Automatismo craniano - o sonho surreal
domingo, 13 de julho de 2014
Referências (arre!!!)
O carnaval do Arlequim
1925, óleo sobre tela
Juan Miró
Juan Miró
A obra um espaço com um janela que até então são elementos
convencionais. No entanto, o que chama a atenção na obra “O Carnaval de
Arlequim” de Joan Miró são os elementos um tanto estranhos e de
naturezas distintas como globos que parecem ser planetas, instrumentos e
animais.
Os elementos que podem ser observados na pintura, podem ser considerados
elementos carnavalescos como instrumentos musicais, enfeites coloridos,
música e danças, pois os animais que parecem estar dançando. Além do
colorido que é um elemento forte no quadro como também no carnaval.
Um dos globos é representado com sua face divida ao meio , uma que é
mais clara com a cor azul e outra que está escurecida com a cor
vermelha; talvez, a intenção de Joan Miró, em dividir a face em dois
sentimentos distintos pode ser relacionado ao carnaval que trás muitas
alegrias mas também muitas tristezas por focar apenas na alegria e
esquecer do mundo ao redor.
Arlequim, palhaço que dá nome a obra, possui rosto redondo, olhar triste
e nervoso
e uns bigodes grandes e ridículos. Porém Arlequim, sujeito que da nome
a obra, não é representado na pintura.
Celebs
1921, óleo sobre tela
125,4cm x 107,9cm
Londres: Tate Modern
Max Ernst
125,4cm x 107,9cm
Londres: Tate Modern
Max Ernst
Segundo A obra que foi apelidada como O Elefante Celebs, representa a
ideia que
Max Ernst tem da infância
Esta obra se relaciona com as técnicas de colagem, inventada por Max.
Pelo fato de que os objetos que formam o elefante não são de mesma
natureza.
O formato de celebs o elefante lembra um tanque de guerra, como podemos
observar que o corpo e a cabeça do animal se juntam.O objeto mecânico em
suas costas aparenta ser a torre de canhão de tanque.
Os chifres do elefante brancos e limpos se relacionam com ossos de
pessoas mortas em campos de guerra.
A tromba do animal foi pintada diferentemente do resto do corpo.
Porém com a mesma cor. Enfatizando que ela é um objeto estranho. Tanques
não tem trombas, e elefantes tem, portanto a tromba está diferente
ressaltando
isso.
A Persistência da Memória ou Relógios Moles
1931, óleo sobre tela
24 X 33 cm
Nova York: Mudeu de Arte Moderna
Salvador Dalí
Nova York: Mudeu de Arte Moderna
Salvador Dalí
Segundo o livro de Salvador Dalí os relógios moles representam o mundo
do sonho e do inconsciente.
Dalí afirma que o fato de o relógio estar duro ou mole não tem
importância
desde que ele marca a hora exata. A moleza se contrapõe a grandeza das
rochas
do Cabo de Creus e a paisagem natural que se prolonga pela quadro de uma
forma estranha e rígida da plataforma marinha.
O tempo existe apenas em nosso mundo organizado e consciente, portanto a
noção de tempo não existe no mundo do sonhos. Mesmo assim, em nossas
vidas, a percepção do tempo é subjetiva. Podendo deformar-se ou
contrair-se. É o que expressam os relógios moles e dobrados, o tempo
surrealista.
É possível ver o rosto do Grande Masturbador que se metamorfoseia
com um cavalo selado com um dos relógios moles.
Dalí continua pintando suas obsessões. É possível ver um relógio cheia
de formigas, considerado por ele um animal repugnante. E uma mosca que
passou a ser uma obsessão de Dalí devido à um Milagre de São Narciso.
Quando Gala viu a pintura disse a Dalí que ninguém poderia esquecer
desta obra depois que a visse.
O Grande Masturbador
1929, óleo sobre tela
110 X 150 cm
Madri: Museu Nacional Reina Sofia
Salvador Dalí
A pintura de “O grande Masturbador", de Dalí, é considerada o ponto máximo
das suas obsessões. Fase em que Dalí pintava suas obsessões: o
gafanhoto, as
pedras-confeitos, o leão, as formigas e os caracóis. Pois considerava o
gafanhoto, a formiga e o peixe melado os animais
mais repugnantes devido a considerá-los diabólicos. Essa fobia que Dalí adquiriu na
infância mas que foi superada.
O que parece ser uma rocha, é um grande autorretrato de Dalí. Em que
o nariz se apoia no chão, que é sustentada somente por um ponto.
A obra reúne a sensualidade por mostrar um casal em momentos íntimos e
angustia por aparecer animais repugnantes. Os olhos fechados significam o
sonho, na boca um gafanhoto cheio de formigas e logo abaixo um casal
durante o beijo. Do grande autorretrato surge um rosto feminino
representando a
doçura que se aproxima castamente de seu amante. No entanto a face do
leão representam a libido, o desejo e a satisfação do prazer.
A coluna com pedras caracóis demonstram a obsessão de Dalí pelo equilíbrio, que se contrapõe ao delírio.
Golconda
1953, óleo sobre tela
René Magritte
A obra recebe o nome de “Golconda” por um amigo de Magritte, que foi a
uma maravilhosa cidade localizada na Índia.
A pintura se caracteriza por uma chuva de homens. Pode-se observar
que todos estão vestidos da mesma forma, com sobretudos pretos, chapéus de
coco e “caindo” na mesma posição.
Com esta chuva de homens, Magritte quis; talvez representar a multidão, pois
quando pensamos em uma multidão, não pensamos em uma única pessoa.
Devido a isso, todos estão vestidos de forma igual, reforçando assim a ideia que em
uma multidão todos parecem ser iguais. No entanto, na vida, todos são diferentes vistos
de uma forma mais próxima. E acredito que esta é a mensagem que o artista quis passer.
Em seu relato sobre a obra, René Magritte diz que este homem de
chapéu de coco é o Sr. Normal no seu anonimato. E este chapéu é uma peça
nada original. Termina dizendo que ele também usa um chapéu destes, que
também não tem vontade de se destacar das massas.
O sono
1937, óleo sobre tela
Salvador Dalí
Esta obra de Dalí demonstra, como o próprio nome já diz, o sono.
Apoiando-se em onze muletas.
O rosto pintado não se trata de um autorretrato, como em o “Grande
Masturbador”, e sim da representação do colapso que acontece durante o
sono, sendo grande, mole e sem corpo, aspectos que podem ser
visualizados em inúmeras obras de Salvador Dalí.
O céu azul e limpo é característica visualizada em nossos sonhos. E
segundo os surrealistas temos o domínio do inconsciente durante o sono.
Sendo assim o surrealismo buscava o absurdo, aquilo que não
existe no mundo real.
A fragilidade do estado do sono é representada pelas onze muletas,
sugerindo que se alguma delas faltasse, o grande rosto acordaria, por
isso é
necessário equilíbrio durante o sono e podemos perceber que o rosto que
está
dormindo está em equilíbrio.
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