domingo, 13 de julho de 2014

René Magritte

René François Ghislain Magritte, mais conhecido como René Magritte, nasceu em Lessines, na Bélgica (21 de novembro de 1898). René era o filho mais novo do casal Léopold e Regina Magritte, e em 1912 sua mãe se suicidou mergulhando no Rio Sambre, onde Magritte assistiu tudo. Em 1916, René entra na Académie Royale des BeauxArts, em Bruxelas, instituição onde ele permanece por dois anos. A partir de então ele passa a trabalhar como desenhista em uma fábrica que fazia papéis de parede, e tem seu primeiro encontro com Georgette Berger, que será sua esposa em 1922.
     Em 1922, viu uma reprodução do quadro A canção do amor (1914), do pintor italiano Giorgio de Chirico, que juntava elementos estranhos (como uma escultura clássica e uma luva de borracha) em um ambiente de sonho. Esse quadro teve grande influência no estilo de Magritte. Ele trabalhou também como designer de cartazes e ofertas publicitárias até 1926, quando começou a ficar reconhecido no movimento surrealista. Neste período ele assina um acordo com a Galeria de Artes de Bruxelas. Desde então ele passa a se dedicar exclusivamente à pintura, e pinta sua primeira obra surrealista, Le jockey perdu, e um ano depois realiza sua primeira mostra de arte, a qual não foi muito aceita entre os críticos. No mesmo ano, Magritte e sua mulher se mudaram para um subúrbio de Paris onde o pintor fez amizade com muitos surrealistas, como os poetas André Breton e Paul Éluard, e familiarizou-se com as colagens do artista Max Ernst.
      A arte de Magritte foi caracterizada por imagens enigmáticas e ilógicas, ele tem um estilo muito próprio, o que facilita o reconhecimento de sua arte. Seus quadros são como sonhos, que misturam horror, comédia e mistério. Sua obra é marcada por símbolos como o torso feminino, o chapéu-coco, o castelo, a pedra, a janela. O mar e grandes céus, que o marcaram durante sua infância, estão muito presentes em suas pinturas. No quadro O tempo ameaçador (1928), as nuvens têm a forma de um torso, de uma tuba e de uma cadeira. Em O castelo dos Pireneus (1959), uma pedra enorme, onde se ergue um pequeno castelo, flutua no ar, acima do mar. Outras de suas fantasias marcantes são um peixe com pernas humanas, um homem onde torso é uma gaiola de pássaros e uma imagem masculina com asas, de costas para um leão. Metamorfoses e diferentes noções do espaço, do tempo e de tamanho são comuns em sua obra. 
      Magritte conquista a oportunidade, em 1936, de expor sua obra em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Em 1965 ele volta a mostrar seus trabalhos em uma mostra no Museu de Arte Moderna, e no ano de 1992 suas pinturas são apresentadas no Metropolitan Museum of Art. Na década de 40 ele tende a outros estilos, se aproximando de características impressionistas, mas estes trabalhos não são bem sucedidos. O pintor morreu em 15 de agosto de 1967, vítima de câncer.

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